Com base em simulações numéricas conduzidas com condições de fronteiras características dos períodos glaciais e atual, demonstra-se que embora as maiores anomalias da topografia da Terra no período glacial estejam no Hemisfério Norte, esta inclusão dos blocos de gelo leva a substanciais mudanças na circulação atmosférica austral para aquela época, indicando uma forte teleconexão inter-hemisférica. Em associação com a redução nos níveis de carbono atmosférico para 200 ppm, anomalias de temperatura de -6°C em torno da região antártica, e -4°C no continente sul-americano são simuladas para o último máximo glacial (UMG) em relação a condições atuais. Concomitantemente, o UMG é caracterizado por uma drástica redução na umidade específica, que por sua vez intensifica o esfriamento inicial devido à mais fraca capacidade de estufa da atmosfera mais seca.
Último Máximo Glacial; Mudanças Climáticas; Baroclinia; CO²