RESUMO
Objetivo:
Analisar os resultados morfológicos e funcionais a longo prazo do transplante de membrana amniótica após queimaduras químicas da superfície ocular.
Métodos:
Foi realizado um estudo prospectivo com análise de sete pacientes que sofreram queimaduras graves da superfície ocular e foram submetidos a transplante de membrana amniótica no período de 2015 a 2020 no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
Resultados:
Dos sete pacientes, seis (85,7%) sofreram queimadura unilateral e um (14,3%) sofreu queimadura bilateral. Cinco deles sofreram queimaduras por álcali (71,4%), um por ácido (14,3%) e um por pólvora de fogo de artifício (14,3%). A média de idade foi de 29,4 anos (±desvio-padrão de 13,3, intervalo de 14,0 a 47,0 anos). A acuidade visual média na primeira apresentação foi de 1,83±0,79 logMAR (0,015 decimal) e, após 1 ano de seguimento, foi de 0,85±0,70 logMAR (0,141 decimal). A acuidade visual melhorou significativamente, de 1,83±0,79 para 0,85±0,70 logMAR (p<0,05).
Conclusão:
O transplante de membrana amniótica é um tratamento adjuvante eficaz no manejo de queimaduras químicas da superfície ocular com potencial para melhorar a visão final.
Descritores:
Âmnio/transplante; Queimaduras oculares; Segmento anterior do olho; Membranas/ transplante; Queimaduras químicas