RESUMO
Este relato descreve o caso de uma paciente de 56 anos com história de exérese de pterígio e uso de colírio de mitomicina C no pós-operatório, que desenvolveu esclerite infecciosa necrosante por Pseudomonas aeruginosa. A paciente foi internada para tratamento com antibioticoterapia endovenosa, antibióticos tópicos fortificados, corticoterapia sistêmica e desbridamento do tecido necrótico ocular. Após 3 semanas, apresentou boa evolução clínica e resolução da infecção. Os colírios de mitomicina devem ser usados com cautela, principalmente após a cirurgia. Se a mitomicina for usada, ela deve ser aplicada na menor concentração e pela menor duração possível, devendo ser evitada no pós-operatório, para evitar essas complicações. Embora a infecção escleral seja uma condição grave com alto risco de perda permanente da visão, o tratamento precoce e correto pode ser fundamental para bons resultados clínicos.
Descritores:
Esclerite; Mitomicina; Pseudomonas; Pterígio; Complicações intraoperatórias