RESUMO
Objetivo
Comparar a espessura de autoenxertos conjuntivais em cirurgia de pterígio utilizando a técnica de dissecção de Moscovici com a de dissecção manual e avaliar a dificuldade das técnicas.
Métodos
Neste ensaio clínico randomizado, 30 olhos de 30 pacientes submetidos à cirurgia de pterígio foram divididos em um Grupo de Técnica de Dissecção de Moscovici e um Grupo de Dissecção Manual. Os pacientes foram tratados e avaliados no Hospital Oftalmológico Visão Laser (Santos, São Paulo, Brasil). A tomografia de coerência óptica foi realizada para medir a espessura do enxerto 3 meses após a cirurgia. Três imagens foram obtidas de cada olho, e três medidas foram realizadas a uma distância de 1,5mm perpendicular ao limbo em cada captura. O cirurgião classificou a dificuldade de obtenção do enxerto com a técnica realizada de um (menor dificuldade) para quatro (maior dificuldade).
Resultados
Encontramos diferenças estatisticamente significantes entre a dificuldade das duas técnicas e a espessura média do autoenxerto conjuntival nos dois grupos (p=0,01 e p=0,05, respectivamente). A classificação média de dificuldade para o Grupo de Técnica de Dissecção de Moscovici foi de 1,47, enquanto a do Grupo de Dissecção Manual foi de 2,20. A espessura média das três medidas foi de 252μ no Grupo de Técnica de Dissecção de Moscovici e de 298μ no Grupo de Dissecção Manual, com medianas de 250μ e 278μ, respectivamente.
Conclusão
Nosso estudo mostrou que a técnica de Moscovici resulta em enxertos mais finos e pode ser realizada com maior facilidade cirúrgica.
Conjuntiva; Enxerto autólogo; Dissecção de Moscovici; Pterígio