RESUMO
Objetivo:
Avaliar o desempenho de um autorrefrator portátil como refrator e ferramenta de triagem para erros de refração em crianças em idade escolar.
Métodos:
Estudo observacional transversal. As medidas refratométricas de crianças de 5 a 10 anos foram obtidas por meio de quatro métodos: 2WIN em condições não cicloplégicas e 2WIN, autorrefrator convencional e retinoscopia, em condições cicloplégicas. Foram avaliadas as correlações e a concordância entre os métodos e a acurácia do autorrefrator portátil para definir a prescrição de óculos.
Resultados:
A média de idade ± desvio-padrão foi de 6,87 ± 1,42 anos. O autorrefrator portátil sem cicloplegia apresentou alta correlação com a retinoscopia (0,77), mas tendeu a subestimar a hipermetropia e a superestimar o alto astigmatismo. Em relação à triagem para prescrição de óculos em comparação com o método de referência retinoscópio, a sensibilidade do autorrefrator portátil sem cicloplegia foi calculada em 100,00% e a especificidade, em 34,3%.
Conclusão:
O autorrefrator portátil deve ser usado como ferramenta de triagem e, ao se prescreverem óculos, deve-se ter em mente a tendência de subestimar a hipermetropia e superestimar o alto astigmatismo.
Descritores:
Refração ocular; Erros de refração; Retinoscopia; Photoscreening; Autorrefrator; Refrator portátil