RESUMO
Objetivo:
Avaliar sintomas astenópicos e fatores sociodemográficos, hábitos comportamentais e clínicos nos docentes universitários durante a pandemia da COVID-19.
Métodos:
Trata-se de estudo transversal que avaliou a ocorrência de astenopia em 104 docentes. Questionários de sintomatologia visual validados foram adaptados para a coleta de dados. Houve comparação dos docentes quanto à ocorrência ou não de sintomas astenópicos, bem como foi aplicada regressão logística binária, para aferir a associação com variáveis independentes (p<0,05).
Resultados:
Houve maior aparecimento de sintomas astenópicos durante o período pandêmico, em que o tempo de exposição a telas parece ter sido o fator mais determinante. Além disso, os indivíduos com tempo de tela superior a 5 horas diárias, que faziam uso de telas para o lazer e usavam colírio/lubrificantes apresentaram significativamente maior chance de estar no grupo com sintomas astenópicos.
Conclusão:
Foi identificada associação significativa entre a ocorrência de sintomas astenópicos e o uso de telas durante o período pandêmico, principalmente nos grupos com maior duração do tempo de tela. O estudo chama atenção para a saúde ocular de docentes universitários em ensino remoto, além de suscitar novos estudos para investigação desse quadro em distintos ambientes escolares.
Descritores:
Xeroftalmia; Diplopia; Educação à distância; Tempo de tela; Estresse ocupacional; Manifestações oculares; Docentes; COVID-19; Pandemia