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Avaliação da função de sensibilidade ao contraste em diferentes faixas etárias nas médias e altas frequências espaciais

RESUMO

Objetivo:

Comparar a sensibilidade ao contraste nas faixas etárias de 20 a 25, 40 a 45 e acima de 60 anos de idade.

Métodos:

Realizou-se um estudo transversal com indivíduos de diferentes idades, com acuidade visual superior a 20/25, sem doença ocular e sem cirurgia oftalmológica prévia. A acuidade visual foi medida pelo teste de Snellen e, a sensibilidade ao contraste, pelo aparelho OPTEC 3500P(r). A análise estatística foi realizada pelo teste de Wilcoxon, considerando um intervalo de confiança de 95%.

Resultados:

Em relação aos pacientes de 20 a 25 anos, os de 40 a 45 anos não apresentaram diminuição significativa da sensibilidade ao contraste em nenhuma das frequências espaciais avaliadas. Comparando os pacientes acima de 60 anos aos de 40 a 45 anos, houve diminuição da sensibilidade ao contraste nas frequências de 6,0 a 18,0 cpg no modo diurno e de 3,0 a 18,0 cpg no noturno. Já quando comparados aos de 20 a 25 anos, os pacientes maiores de 60 anos mostraram diminuição nas frequências de 3,0 a 18 cpg no modo diurno e em todas as frequências no modo noturno.

Conclusão:

A função de sensibilidade ao contraste parece diminuir com a idade, após os 45 anos, principalmente nas médias e altas frequências espaciais. Isso pode impactar na leitura, na direção e na mobilidade, dentre outras atividades diárias.

Descritores:
Sensibilidades de contraste; Percepção visual; Seleção visual; Envelhecimento; Transtornos da visão

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