Resumo
Objetivo
(a) Identificar a prevalência de dor musculoesquelética atual e lesão no último ano e (b) verificar a associação da presença de dor atual e da história de lesão com características demográficas, da prática esportiva e da saúde em skatistas.
Método
O presente estudo observacional transversal foi realizado com 64 skatistas que responderam a um questionário abordando características demográficas, da prática esportiva e da saúde. O teste exato de Fisher verificou a associação dessas características com a presença de dor atual e com o relato de lesão no último ano. O teste de qui-quadrado verificou se havia diferença entre a distribuição observada e a esperada para o segmento corporal relatado com dore com histórico de lesão, e com o tipo de lesão.
Resultados
A prevalência de dor foi de 82,8%, sendo a frequência observada maior doque a esperada (p < 0,01) no joelho, no tornozelo, na região lombossacra e no pé. Apresença de dor foi associada à faixa etária (p = 0,05) e a tratamento fisioterápico prévio (p < 0,01). A prevalência de lesão no último ano foi de 68,8%, sendo a frequência observada maior do que a esperada (p < 0,01) no joelho, no tornozelo, no punho, namão, no pé e no ombro. Entorse e fratura apresentaram uma frequência observada maior do que a esperada (p < 0,01). O histórico de lesão foi associado ao uso de equipamento de proteção (p = 0,01), cirurgia prévia (p = 0,02) e tratamento fisioterápico (p = 0,03)
Conclusão
A prática de skate apresenta uma prevalência alta de dor e de lesões no último ano. Os achados podem contribuir com o planejamento de estratégias preventivas.
Palavras-chave
dor; epidemiologia; esportes; sistema musculoesquelético/lesões; skate