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Reparo da lesão de Bankart: análise biomecânica e anatômica das suturas tipo Mason-Allen e simples em modelo suíno Trabalho desenvolvido no Serviço de Traumato-Ortopedia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, Brasil.

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a altura labral e a resistência ao arrancamento do reparo da lesão de Bankart em articulação glenoumeral de suínos, com âncoras duplamente carregadas com duas configurações de sutura: simples e tipo Mason-Allen.

Métodos:

Foram usados dez ombros suínos, nos quais foram criadas as lesões de Bankart. Para cada espécime foi feita a sutura da lesão com suturas tipo Mason-Allen e simples de forma aleatória. A altura labral foi mensurada previamente à confecção da lesão e após o reparo labral. Os espécimes foram submetidos ao ensaio de tração para avaliação biomecânica.

Resultados:

Nos espécimes submetidos a sutura simples (n = 5), observou-se altura média previamente à confecção da lesão de 3,86 mm e após a sutura, de 3,33 mm. Nos espécimes submetidos a sutura Mason-Allen (n = 5), observou-se que a altura média previamente à confecção da lesão era de 3,92 mm e após a sutura, de 3,48 mm. Ao comparar a altura labral após a sutura simples e Mason-Allen, não foram observadas diferenças significantes. A força de arrancamento no fim do ensaio de tração nos espécimes com sutura simples foi de 130 N e nos espécimes com sutura Mason-Allen, 128,6 N. Não houve diferença estatisticamente significante entre os ombros com suturas simples e Mason-Allen, p = 0,885.

Conclusões:

O reparo das lesões de Bankart com sutura Mason-Allen proporciona aumento da altura do labrum, mas não eleva a força de resistência ao arrancamento.

Palavras-chave:
Luxação do ombro; Cápsula articular; Interface osso-implante

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