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Utilidade do teste de Phalen e do sinal de Tinel no prognóstico e o impacto na qualidade de vida de pacientes com síndrome do túnel do carpo submetidos a liberação aberta clássica do túnel do carpo* * Trabalho realizado no Hospital Regional do Vale do Paraíba (HRVP), Complexo Hospitalar do Vale do Paraíba, Faculdade de Medicina, Universidade de Taubaté (Unitau), Taubaté, SP, Brasil.

Resumo

Objetivo:

Avaliar a utilidade do teste de Phalen e do sinal de Tinel no prognóstico e o impacto na qualidade de vida no curso clínico de pacientes com síndrome do túnel do carpo submetidos ao tratamento cirúrgico por via aberta clássica.

Métodos:

Trata-se de um estudo de coorte sobre prognóstico. Foram incluídos 115 pacientes com alta probabilidade de diagnóstico clínico de síndrome do túnel do carpo com indicação de tratamento cirúrgico. Todos os pacientes foram submetidos ao teste de Phalen e ao sinal de Tinel, e responderam ao questionário de Boston antes e depois do tratamento cirúrgico.

Resultados:

As estimativas de probabilidade do tempo até a remissão do teste de Phalen em 2, 4 e 16 semanas pós-operatórias foram de 3,54% (intervalo de confiança de 95% [IC95%]:1,16%–8,17%), 0,88% (IC95%: 0,08%–4,38%) e 0,88% (IC95%: 0,08%–4,38%), respectivamente, e, do sinal de Tinel, foram de 12,39% (IC95%: 7,13%–19,18%), 4,42% (IC95%: 1,65%–9,36%) e 2,65% (IC95%: 0,70%–6,94%), respectivamente. Na pontuação pós-operatória no Questionário de Boston, houve redução de 1,8 ponto para a gravidade dos sintomas (p < 0,001), e de 1,6 ponto para o estado funcional (p < 0,001).

Conclusão:

A remissão do teste de Phalen foi mais precoce do que a do sinal de Tinel, mas, realizados a partir da segunda semana de evolução pós-operatória, esses testes foram fatores prognósticos favoráveis ao curso clínico, com melhora da qualidade de vida.

Palavras-chave
síndrome do túnel do carpo; fator prognóstico; qualidade de vida; curso clínico

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