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Características epidemiológicas e causas da fratura do terço proximal do fêmur em idosos

OBJETIVO: O custo social e econômico das fraturas da região proximal do fêmur é elevado e decorre, dentre outros fatores, da morbimortalidade da própria fratura. Apesar de sua importância, estudos envolvendo esse tema ainda são escassos no Brasil. Esse foi um estudo retrospectivo, observacional, transversal (ecológico) com objetivo de traçar um perfil epidemiológico da fratura do terço proximal do fêmur em idosos, analisar suas causas e as características físicas dos pacientes admitidos em um único hospital universitário de São Paulo. MÉTODOS: Estudo de prontuários no período de um ano e comparação dos grupos pelo teste do Qui-quadrado; p < 0,05 foi considerado significante. RESULTADOS: Totalizou-se 94 indivíduos, predominando no sexo feminino (2:1), entre 81-85 anos, com o IMC dentro dos limites da normalidade, pacientes brancos e asiáticos (p < 0,05). A grande maioria das fraturas ocorreu por trauma de baixa energia e dentro da residência (p < 0,05). Retirando os traumas decorrentes de alta energia, mais de 39% foram no momento em que o paciente se levantava ou utilizava a escada, e aproximadamente 40% estavam parados de pé ou caminhando. Houve um maior número de casos correspondentes às estações frias do ano (p < 0,05). CONCLUSÃO: A maioria dos traumas ocorreu dentro da própria residência. Devido à baixa energia, alguns acidentes podem ser evitados utilizando-se medidas simples e econômicas que orientem a população idosa quanto às situações de risco, trazendo grandes benefícios na qualidade de vida, além de uma sensível diminuição da morbimortalidade e dos custos socioeconômicos desse problema cada vez mais frequente.

Fraturas do Fêmur; Idoso; Epidemiologia


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