Objetivo:
Este trabalho teve como objetivo analisar prospectivamente os resultados do tratamento com terapia de ondas de choque (TOC) em pacientes portadores de fasciíte plantar crônica resistente ao tratamento conservador.
Métodos:
Obtivemos 30 pacientes (36 pés), 16 (53,3%) do sexo masculino e 14 (47,7%) do feminino, cuja idade, em média, foi de 48,37 anos, com variação de 33 a 78 anos; 16 (53,3%) apresentavam a afecção no pé esquerdo, 14 (46,7%) no direito e seis (20%) bilateralmente; a sintomatologia variou de seis a 60 meses, com média de 13,58 meses. Os pacientes foram submetidos a uma sessão semanal de TOC por quatro semanas consecutivas. Mensuramos a espessura da fáscia plantar em milímetros pelo ultrassom e usamos a escala da American Orthopaedic Foot and Ankle Society (AOFAS) para tornozelo e retropé e a escala de Roles & Maudsley nos momentos pré-TOC, após o primeiro, o terceiroeosexto meses após a aplicação.
Resultados:
Observamos melhoria dos critérios avaliados (p < 0,001) e da espessura da fáscia plantar pelo ultrassom (p = 0,011) nos diferentes momentos estudados.
Conclusão:
A TOC pode ser considerada importante instrumento no tratamento primário ou adjuvante da fasciíte plantar crônica, quando aliada às terapias convencionais. Essa metodologia é segura, não invasiva e promove reabilitação e retorno precoces às atividades habituais pelos resultados das análises estatísticas. Proporciona também redução da espessura da fáscia plantar.
Fasciíte plantar ; Ondas de choque de alta energia/uso terapêutico ; Ultrassonografia ; Avaliação ; Morfologia