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Prevalência de displasia do desenvolvimento do quadril em uma maternidade de São Paulo, Brasil* * Trabalho desenvolvido no Hospital e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Resumo

Objetivo

Avaliar a prevalência de displasia de desenvolvimento de quadril (DDQ), ou seja, quadris de tipo de Graf IIc ou maior, em amostra da população de recém-nascidos de 0 a 3 dias de vida, e correlacionar os achados com os principais fatores de risco descritos na literatura.

Métodos

Estudo observacional, transversal e prospectivo em amostra de recémnascidos, em um hospital maternidade em São Paulo, para avaliar a prevalência da DDQ diagnosticada pelo método de Graf e verificar sua correlação com os fatores de risco.

Resultados

Um total de 678 recém-nascidos foram submetidos a ultrassonografia de quadril (1.356 quadris). A prevalência de DDQ (quadris tipo IIc, D, IIIa, IIIb, e IV de Graf) foi de 5,46%. A análise de regressão logística mostrou razões de chances (RCs) com significância estatística para os parâmetros etnia branca (RC = 2.561; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,07 a 6,11), multiparidade (RC = 3,50; IC95%: 1,62 a 7,38), sexo feminine (RC = 4,95; IC95%: 1,86 a 13,13), e apresentação pélvica (RC = 2,03; IC95%: 1,01 a 4,11).

Conclusão

A prevalência de DDQ na amostra foi de 5,45% usando a ultrassonografia como método de diagnóstico. Este resultado é diferente do dos estudos que avaliam a prevalência exclusivamente do exame físico (manobra de Ortolani). Os principais fatores de risco associados ao maior risco de DDQ foram recém-nascidos do sexo feminino, com apresentação pélvica, primogênitos, e de etnia branca.

Palavras-chave:
luxação congênita de quadril; ultrassonografia; diagnostic; recém-nascido

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