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Placas anteriores são mais efetivas do que parafusos iliossacrais na fixação da articulação sacroilíaca? Estudo Biomecânico* * Work developed at the Laboratory of Biomaterials in Orthopedics, School of Medical Sciences, Universidade de Campinas, Campinas, SP, Brazil.

Resumo

Introdução

Usualmente, as luxações sacroilíacas são tratadas com parafusos iliossacrais ou com placas anteriores à articulação sacroilíaca (ASI). Este estudo compara a rigidez e carga máxima suportada pelos dois tipos de fixações acima citados, utilizando pelves sintéticas.

Método

Dez pelves sintéticas foram divididas em dois grupos (n = 5). No grupo denominado PlaCF, a ASI foi fixada com duas placas anteriores. No grupo ParCF, a ASI foi fixada com dois parafusos iliossacrais no corpo da primeira vertebra sacral (S1). A rigidez e carga máxima suportada por cada montagem realizada, foi mensurada. A análise estatística foi realizada através do teste U de Mann-Whitney (p < 0.05 foi considerado estatisticamente significativo para todas as análises).

Resultados

A carga máxima suportada até a falha da fixação pelos grupos PlaCF e ParCF foram respectivamente 940 ± 75 N e 902 ± 56 N, não havendo diferença estatística entre eles. A rigidez obtida pelo grupo ParCF foi maior e com diferença estatística em relação ao grupo PlaCF (68.6 ± 11.1 N/mm e 50 ± 4.0 N/mm respectivamente).

Conclusão

Apesar da menor rigidez obtida no grupo PlaCF, as placas anteriores à ASI podem ser uma ótima opção no tratamento da luxação sacroilíaca quando os parafusos iliossacrais não puderem ser utilizados. Outros estudos são necessários para detectar possíveis diferenças entre os dois procedimentos do ponto vista cirúrgico e clínico.

Palavras chave
placas ósseas; instabilidade articular; articulação sacroilíaca; fenômenos biomecânicos

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