OBJETIVO: Identificar as complicações referentes ao uso de âncoras metálicas nos procedimentos artroscópicos do ombro. MÉTODOS: No período de dezembro de 1997 a agosto de 2007, 28 ombros de 28 pacientes (23 do sexo masculino e cinco do feminino) foram reoperados nos Hospitais Ortopédico, Belo Horizonte e da Polícia Militar, em Belo Horizonte, MG, devido a complicações como soltura de âncoras e âncoras proeminentes. As cirurgias primárias tiveram como objetivo tratar 20 instabilidades anteriores traumáticas (71,5%), uma instabilidade posterior (3,5%), uma lesão slap (3,5%) e seis lesões do manguito rotador (21,5%). Foram utilizadas a classificação radiográfica de Samilson e Prieto e a artroscópica de Outerbridge na avaliação do grau de artrose dos pacientes. Na avaliação dos pacientes foram usados os critérios do índice da UCLA (University of Califórnia at Los Angeles). RESULTADOS: Em todos os pacientes tratava-se de revisões artroscópicas. Em dois casos, após a retirada das âncoras havia sinais clínicos de instabilidade, optando-se, então, pela estabilização aberta pela técnica de Latarjet-Patte. CONCLUSÕES: As complicações com âncoras de sutura metálicas são decorrentes do emprego inadequado da técnica cirúrgica em artroscopia.
Articulação do ombro; Artroscopia; Âncoras ósseas