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Epidemiologia das lesões e suas implicações em praticantes de jiu-jitsu: Uma revisão sistemática integrativa

Resumo

Objetivo

Investigar a epidemiologia dos tipos de lesões entre praticantes de jiu-jitsu e sua incidência em diferentes níveis de habilidade e experiência por meio da questão: "Quais as características e a prevalência das lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu?"

Métodos

Desde o início do estudo, em agosto de 2020, foram pesquisados os bancos de dados MEDLINE, LILACS e SciELO. Foram incluídos estudos transversais, publicados entre 2018 e 2023, que investigaram a epidemiologia dos tipos de lesões ocorridas entre praticantes de jiu-jitsu e compararam sua incidência em diferentes níveis de habilidade e experiência. Para tanto, dois pesquisadores independentes realizaram a extração dos dados e avaliaram o risco de viés.

Resultados

Sete estudos foram incluídos. Os resultados comuns envolveram 2.847 praticantes de jiu-jitsu. Houve uma alta prevalência de lesão na articulação do joelho e nas áreas do tórax e das costelas. Considerando a diferença de nível de experiência entre os praticantes, pôde-se observar que a maioria dos indivíduos incluídos eram iniciantes. Entre as faixas etárias observadas, homens acima de 30 anos de idade foram os que mais apresentaram lesões musculoesqueléticas, principalmente durante os treinos.

Conclusão

Houve uma alta prevalência de lesões musculoesqueléticas entre os praticantes de jiu-jitsu. Os segmentos anatômicos mais acometidos foram a articulação do joelho, o tórax e a região das costelas, seguidos da articulação do ombro. Os fatores relacionados mudaram de acordo com algumas variáveis, sendo mais comuns durante o treinamento em indivíduos do sexo masculino com mais de 30 anos e iniciantes na modalidade.

Palavras-chave
artes marciais; esportes; medicina esportiva; transtornos traumáticos cumulativos

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