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Osteonecrose da cabeça do úmero: Avaliação dos resultados da artroplastia parcial com seguimento mínimo de 10 anos* * Trabalho realizado no Grupo de Cirurgia de Ombro e Cotovelo do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, “Pavilhão Fernandinho Simonsen” (DOT – FCMSCSP) (Diretor: Professor Doutor Ivan Chakkour).

Resumo

Objetivo

Analisar os resultados funcionais e radiográficos de longo prazo da artroplastia parcial do ombro para estosteonecrose da cabeça do úmero.

Métodos

Revisão retrospectiva de 13 casos, com seguimento pós-operatório médio de 17 anos (variação de 10 a 26 anos). Os achados do último seguimento foram comparados àqueles em que os pacientes tinham com 1 ano de acompanhamento pós-operatório. A avaliação funcional consistiu em medidas do movimento do ombro e aplicação do escore do ombro da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). Todos os pacientes foram submetidos a exame radiografico para medir a erosão glenoidal, a migração umeral proximal, e o deslocamento glenoumeral lateral.

Resultados

A erosão da glenoide aumentou com o tempo significativamente (p < 0,05). Paradoxalmente, todos os movimentos ativos do ombro também melhoraram (p < 0,05), enquanto os escores da UCLA permaneceram os mesmos. A deterioração radiográfica não teve correlação com a função clínica. Tivemos uma taxa de sobrevida de 84,7% das artroplastias após tempo médio de 16 anos.

Conclusões

Os resultados funcionais precoces mantiveram-se a longo prazo e não se correlacionem com a deterioração radiográfica (aumento da erosão glenoidal).

Palavras-chave
osteonecrose; cabeça do úmero; seguimentos

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