Tratamento conservador da camptodactilia com órteses: Coorte retrospectiva

Oliveira, Maria da Conceição Soares de; Figueiredo, Felipe Soares; Aguiar, Diego Pinheiro

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Revista Brasileira de Ortopedia

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Sumário

Artigo Original • Rev bras ortop 59 (4) • 2024 • https://doi.org/10.1055/s-0044-1786199 copiar

Tratamento conservador da camptodactilia com órteses: Coorte retrospectiva

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

Objetivo

Avaliar os resultados do tratamento conservador com o uso de órteses estáticas confeccionadas pelo Setor de Terapia Ocupacional da nossa instituição em participantes com camptodactilia dos tipos I, II e III, em suas formas rígida ou flexível, descrever os dados demográficos e clínicos, e avaliar o número de abandonos no período do tratamento.

Métodos

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos, com número de protocolo CAAE 20300419.3.0000.5273. Todos os prontuários utilizados na pesquisa foram disponibilizados pela nossa instituição. Não foi feito o uso de termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) para este estudo retrospectivo devido à impossibilidade de contactar o elevado número de participantes. Foram incluídos os prontuários de 38 participantes atendidos no Ambulatório de Terapia Ocupacional de 2013 a 2019.

Resultados

Dos 54 dedos tratados com órteses, 38 foram totalmente corrigidos. As taxas de correção foram as seguintes: tipo I na forma rígida –100%; tipo I na forma flexível –81,2%; tipo II na forma rígida – 0%; tipo II na forma flexível – 100%; tipo III na forma rígida –47,6%; e tipo III na forma flexível –100%. Do total de 93 dedos incluídos, 42% abandonaram o tratamento.

Conclusão

O uso de órteses estáticas é uma alternativa segura ao procedimento cirúrgico e de baixa complexidade de execução para o tratamento da camptodactilia.

Palavras-chave
articulações dos dedos; deformidades congênitas da mão; órteses; reabilitação; terapia ocupacional

Tipo		I	II	III	Total	p*
Sexo	Masculino	10	1	6	17	0,124
Sexo	Feminino	12	6	3	21	0,124

Tipo	Forma	N	Indicador	Médio	Anelar	Mínimo	p ^* * Teste exato de Fisher.
I	Rígida	22	0	7	5	10	0,926
	Flexível	23	0	6	5	12	0,926
	Total	45	0	13	10	22
II	Rígida	9	0	0	0	9	0,005
	Flexível	5	0	2	2	1	0,005
	Total	14	0	2	2	10
III	Rígida	29	2	8	10	9	> 0,99
	Flexível	5	0	1	2	2	> 0,99
	Total	34	2	9	12	11

Tipo	N	Indicador: n (%)	Médio: n (%)	Anelar: n (%)	Mínimo: n (%)	p ^* * Teste de proporção.
I	45	0 (0,0)	13 (28,9)	10 (22,2)	22 (48,9)	< 0,001
II	14	0 (0,0)	2 (14,3)	2 (14,3)	10 (71,4)	< 0,001
III	34	2 (5,9)	9 (26,5)	12 (35,4)	11 (32,4)	0.023
Total	93	2 (2,2)	24 (25,8)	24 (25,8)	43 (46,2)	< 0,001

Tipo	Forma	N	Abandono: n (%)	p ^* * Teste exato de Fisher.
I	Rígida	22	13 (59,1)	0,075
	Flexível	23	7 (30,4)	0,075
	Total	45	20 (44,4)
II	Rígida	9	7 (77,8)	> 0,99
	Flexível	5	4 (80,0)	> 0,99
	Total	14	11 (78,6)
III	Rígida	29	8 (27,6)	0,309
	Flexível	5	0 (0,0)	0,309
	Total	34	8 (23,5)

Tipo	Forma	N	Correção: n (%)	p ^* * Teste exato de Fisher.
I	Rígida	9	9 (100,0)	0,280
	Flexível	16	13 (81,2)	0,280
	Total	25	22 (88,0)
II	Rígida	2	0 (0,0)	0,333
	Flexível	1	1 (100,0)	0,333
	Total	3	1 (33,3)
III	Rígida	21	10 (47,6)	0,053
	Flexível	5	5 (100,0)	0,053
	Total	26	15 (57,7)

Tipo	Forma	N	Média	DP	Mín.	Máx.	Mediana	Q1	Q3	p
I	Rígida	9	7	±9	1	22	4	1	11	0,705
	Flexível	13	3	±4	1	15	2	2	4	0,705
	Total	22	5	±6	1	22	2	1	4
II	Rígida	0	0	±0	0	0	0	0	0	NA
	Flexível	1	7	NA	7	7	7	7	7	NA
	Total	1	7	NA	7	7	7	7	7
III	Rígida	10	18	±8	9	24	24	9	24	0,006
	Flexível	5	6	±3	4	9	4	4	9	0,006
	Total	15	14	±9	4	24	9	9	24

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[1] Endereço para correspondência
Maria Conceição Soares de Oliveira, Master in sciences applied to the musculoskeletal system Divisão de Pesquisa, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (INTO) Avenida Brasil 500, Caju, CEP: 20940-070, Rio de Janeiro, RJ Brasil (e-mail: mcsoaresto@gmail.com).