Resumo
Objetivo
Investigar o uso de smartphones em longo prazo como fator de risco para o desenvolvimento de morbidades no nível do punho e dos dedos.
Métodos
Realizou-se um estudo descritivo, exploratório, de abordagem quantitativa, para a obtenção de medidas de prevalência com cem acadêmicos usuários de smartphones de uma faculdade privada localizada no sertão de Pernambuco. Foram aplicados um questionário semiestruturado e o Questionário de Síndrome doTúnel do Carpo de Boston (Boston Carpal Tunnel Questionnaire, BCTQ, na sigla em inglês), além da Escala Visual Analógica (EVA) e dos testes de Finkesltein, Phalen, Phalen reverso, e sinal de Tinel no punho.
Resultados
A idade média da amostra foi de 22,73 anos, com prevalência de solteiros, de destros, e do sexo feminino. O tempo de uso do smartphone indicado pela maioria dos participantes era entre 5 e 10 anos, e 85% da amostra relatou já ter sentido desconforto no punho e nos dedos durante o uso do aparelho, sendo a dormência o sintoma mais prevalente. Com relação aos testes clínicos, houve prevalência de resultados negativos, e o de Finklestein apresentou maior positividade. Quanto ao BCTQ, dividido em duas escalas, uma de gravidade dos sintomas (escala G) e uma de estado funcional (escala F), a média geral das pontuações foi de 1,61 na escala G, o que indica sintomas de leve a moderados, já a escala F revelou que os sintomas não afetavam a funcionalidade.
Conclusão
Foi possível observar uma correlação significativa entre o tempo de uso dos smartphones e a presença de desconforto no punho e nos dedos, o que indica que se trata de um fator de risco para o desenvolvimento de morbidades.
telefones celulares; traumatismos do punho; traumatismos da mão; transtornos traumáticos cumulativos