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Qual a melhor técnica para fixação no tratamento de fratura supracondilar do úmero em crianças? Trabalho desenvolvido no Hospital Manoel Victorino e Hospital Regional de Santo Antonio de Jesus, Salvador, BA, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Definir a melhor técnica para o tratamento cirúrgico da fratura supracondilar do úmero (FSU) nas crianças e avaliar a pinagem percutânea com fios laterais vs. cruzados.

MÉTODOS:

Revisão de ensaios clínicos randomizados nas bases de dados Medline, Capes, Bireme. Os critérios de inclusão dos artigos foram: (1) Ensaios clínicos randomizados que comparam técnicas de fixação percutânea com fios, (2) FSU Gartland II tipo B, III e IV e (3) Crianças com um a 14 anos. Usamos como principais variáveis: incidência de lesão iatrogênica do nervo ulnar e perda da redução.

RESULTADOS:

Foram selecionados oito estudos (521 pacientes) que comparam tratamento cirúrgico com pinagem em fratura supracondilar do úmero em crianças classificadas como Gartland II tipo B, III ou IV. A lesão iatrogênica do nervo ulnar foi maior com a técnica de pinagem cruzada, apresentou RR 0,28 e p = 0,03, enquanto que na técnica de mini-open encontraram-se RR 0,14 e p = 0,2. Em casos de FSU Gartland III e IV, evidenciou-se maior perda da redução na pinagem lateral, com significância estatística (p = 0,04).

CONCLUSÃO:

Embasado em nossa metanálise com ensaios clínicos randomizados prospectivos, recomendamos: (1) pinagem percutânea com fios laterais em fraturas supracondilar do úmero em crianças classificadas como Gartland II tipo B (2) Uso de fios cruzados para fraturas Gartland tipo III ou IV, com a técnica de mini-open para o fio medial.

Palavras-chave:
Fraturas do úmero; Fixação interna de fraturas; Crianças; Fios ortopédicos

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