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Análise do monitoramento pós-operatório dos pacientes submetidos à artroscopia do ombro para tratamento de instabilidade anterior Trabalho desenvolvido no Hospital Saúde de Caxias do Sul, RS; e no Serviço de Residência em Ortopedia, Hospital Pompeia de Caxias do Sul, RS, Brasil.

RESUMO

OBJETIVO:

Analisar o acompanhamento pós-operatório dos pacientes submetidos à artroscopia do ombro para tratamento de instabilidade anterior e correlacionar com a prevalência de recidiva.

MÉTODOS:

Foi aplicado em 65 pacientes, através de ligação telefônica, um questionário que buscava informações sobre a situação atual do resultado do procedimento cirúrgico. Todos os pacientes foram operados para corrigir uma instabilidade anterior do ombro por artroscopia e tinham pelo menos 12 meses de pós-operatório. Não foram incluídos pacientes com associação de lesão labral posterior e cirurgias de revisão.

RESULTADOS:

O questionário foi aplicado com uma mediana de 56 (IIQ: 34,5 a 110,5) meses. A média de idade da amostra foi de 24,6 anos (máxima de 47 e mínima de 12 - DP 7,3). Foi verificada queixa de dor em 20 pacientes (30,7%) e recidiva da luxação em dez (15,3%). 44 pacientes (67,6%) consideraram seu ombro normal e 43 (66,1%) retornaram ao esporte prévio. Foi verificado que os indivíduos que abandonaram o acompanhamento pós-operatório antes dos seis meses tiveram uma prevalência 5,6 (IC 95%: 1,30-24,46) vezes maior de recidiva (p = 0,012).

CONCLUSÃO:

O abandono do acompanhamento pós-operatório na fase inicial, na qual o paciente recebe orientações para o reforço muscular e a educação proprioceptiva, pode colaborar no aumento do índice de recidiva da luxação nos pacientes tratados por artroscopia.

Palavras-chave:
Articulação do ombro/cirurgia; Luxação do ombro/cirurgia; Artroscopia/métodos; Resultado do tratamento

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