RESUMO
OBJETIVO:
Avaliar os resultados clínicos e radiológicos e o impacto na qualidade de vida da artroplastia reversa do ombro.
MÉTODOS:
Série de casos retrospectiva que avaliou 13 pacientes submetidos à artroplastia reversa do ombro com seguimento clínico mínimo de dois anos. Foi feita avaliação clínica antes e após a cirurgia com as escalas da American Shoulder and Elbow Surgeons (ASES) e escala visual analógica (EVA) e as manobras funcionais mão-boca, mão-nuca e mão-cabeça. A qualidade de vida foi aferida com o questionário 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12). Registramos o índice de complicações e o aspecto radiográfico pós-operatório.
RESULTADOS:
Os pacientes evoluíram de 23,1 ± 15 para 82,7 ± 15 pela escala da ASES (p < 0,001). O componente físico do SF-12 passou de 31,7 ± 6,9 para 47,1 ± 8,6 (p < 0,001) enquanto o emocional de 48 ± 12,3 para 55,5 ± 7,5 (p = 0,061). A dor regrediu de 7,9 para 1 de acordo com a EVA (p = 0,002). As manobras funcionais mão-boca, mão-nuca e mão-cabeça apresentaram melhorias significativas (p = 0,039, p < 0,001 e p < 0,001, respectivamente). Complicações ocorreram em 15% dos pacientes e notching, em 31%.
CONCLUSÃO:
Os pacientes submetidos à artroplastia reversa do ombro tiveram melhoria significativa de acordo com as escalas da ASES e EVA. A qualidade de vida melhorou significativamente de acordo com o aspecto físico do SF-12 e demonstrou tendência de melhoria no aspecto emocional. O índice de complicações foi de 15% e notching ocorreu em 31%.
Palavras-chave:
Artroplastia de substituição; Artropatias; Osteoartrose; Manguito rotador