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A influência de diferentes montagens dos tendões flexores no diâmetro final do enxerto na reconstrução do ligamento cruzado anterior

Resumo

Objetivo

Buscamos comparar o diâmetro dos enxertos com utilização dos tendões grácil e semitendíneo na reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) utilizando as montagens quádrupla, quíntupla e sêxtupla. Outro objetivo é avaliar em qual porcentagem de pacientes é possível cada tipo de montagem, em função do comprimento de cada tendão livre.

Métodos

Setenta e um pacientes foram submetidos à reconstrução do LCA utilizando tendões isquitibiais. Foram medidos os diâmetros das montagens quádrupla, quíntupla e sêxtupla em todos pacientes. Registramos os comprimento dos tendões e o diâmetro do enxerto com os três tipos de montagens.

Resultados

As comparações entre as montagens mostraram diferença estatisticamente significativa (p < 0,001). A cada montagem, aumentou 1 mm o diâmetro do enxerto e isso foi estatisticamente significativo (p < 0,001). Em 2,8% dos pacientes, somente a montagem quádrupla foi possível, pois os comprimentos livres dos 2 tendões retirados foram menores que 24 cm. Em 23,9% desses, foi possível a montagem quíntupla; pois somente o semitendíneo tinha comprimento mínimo de 24 cm e, em 73,2%, foi possível a montagem sêxtupla com o comprimento dos 2 tendões igual ou superior a 24 cm.

Conclusão

Em 97,2% dos casos foi possível realizar a montagem quíntupla ou sêxtupla, já que o comprimento final do enxerto de no mínimo 8 cm apresenta diferença estatisticamente significante entre as comparações.

Palavras-chave
enxertos osso-tendão patelar-osso; joelho; ligamento cruzado anterior; tendões isquiotibiais

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