Objetivo:
Avaliar as taxas de consolidação, não consolidação e infecção profunda e quais fatores podem influenciar o tempo de consolidação nos pacientes com fraturas expostas da diáfise da tíbia grausIeIIde Gustilo e Anderson, tratadas segundo um protocolo sequencial inicialmente com fixador externo não transfixante Pinless(r), seguido por osteossíntese com haste intramedular maciça bloqueada não fresada (UTN(r)).
Métodos:
Em estudo prospectivo, 39 fraturas expostas da diáfise da tíbia foram acompanhadas. Segundo a classificação AO, 16 pacientes (41%) sofreram fraturas do tipo A, 17 (43,6%) dotipoB e seis(15,4%) dotipoC. SegundoaclassificaçãodeGustiloeAnderson, 14pacientes (35,9%) sofreram fraturas expostas grau I e 25 (64,1%) fraturas grau II. Para fixação interna foi usada haste intramedular maciça bloqueada não fresada (UTN(r)).
Resultados:
Consolidação ocorreu em 97,4% dos casos com tempo médio de 21,2 semanas, variação de 12 até 104 semanas. Infecção profunda ocorreu em 2,6% dos casos e consolidação viciosa ocorreu em 5,1%. Da análise estatística observamos que apenas a presença de complicações é estatisticamente significativa para explicar o tempo de consolidação. O risco de consolidação mais rápida em pacientes sem complicações é de 4,29 vezes (IC 95%: 1,25-14,71) em relação a pacientes com complicações.
Conclusão:
O tratamento das fraturas expostas da diáfise da tíbia com osteossíntese intramedular maciça bloqueada não fresada apresenta taxa alta de consolidação, baixas taxas de não consolidação e de infecçãoprofunda eapenas a presençade complicações apresenta relação estatisticamente significante com o tempo de consolidação.
Fraturas da tíbia ; Fraturas expostas ; Diáfises ; Fixadores externos ; Fixação intramedular de fraturas