Objetivo:
Fazer um estudo observacional, por meio de campanhas, sobre o uso dos dispositivos de restrição infantil em automóveis de Goiânia.
Métodos:
Estudo transversal por amostra de conveniência conforme surgimento dos casos. Os dados foram coletados em uma tabela Excel, analisados de forma descritiva e estatística (SPSS 16.0), com o uso do qui-quadrado, com p < 0,05 como significativo.
Resultados:
Em 2006, foram avaliados 410 automóveis, enquanto que em 2010 foram avaliados 544, nos quais cerca de 85% das pessoas usavam o cinto de forma correta nos dois períodos (p = 0,650). Em 2006, foram observados 273 passageiros no banco dianteiro e em 2010, 226. Usavam cinto de segurança 178 e 170, respectivamente, ou 65,2 e 75,22% (p = 0,001). Em 2006, cinco crianças ocupavam o banco da frente sem o uso do cinto de segurança. Em 2010, esse número foi de 42 (p < 0,001). Em 2010, foram observados 458 veículos que transportavam crianças no banco traseiro, 214 de maneira correta, ou 46,72%. Em 2006, dos 410 veículos analisados, apenas 90 (21,95%) transportavam crianças de maneira correta (p < 0,001). Além disso, houve diferença entre as variáveis dentro do ano avaliado, no qual o transporte correto no banco da frente foi bem mais frequente do que o no banco de trás, nos dois anos (p < 0,001). Carros transportavam de uma a quatro crianças e as vans, de uma a nove crianças. Em 2006 foi observada uma van que transportava crianças de maneira irregular, enquanto que em 2010 todas estavam corretas.
Conclusão:
Na comparação desses dois períodos, podemos avaliar que houve um início de mudança no comportamento do motorista goianiense no que tange à segurança no transporte de crianças em automóveis, com melhoria de 25% (p < 0,001). Grande parte disso decorreu da mudança de atitude da população após as campanhas feitas, até pela mídia, e da obrigatoriedade da lei.
Acidentes de trânsito; Crianças; Prevenção de acidentes; Sistemas de proteção para crianças; Restrição física