OBJETIVOS:
Estudos epidemiológicos mostram uma relação entre o uso em longo prazo de inibidores de bomba de prótons e o metabolismo ósseo, porém essa relação ainda não está estabelecida. O objetivo deste estudo foi analisar as propriedade mecânicas e a densidade mineral óssea (DMO) de ratos submetidos ao uso de omeprazol em longo prazo.
MÉTODOS:
Cinquenta ratos Wistar, entre 200 e 240 g, foram divididos igualmente em cinco grupos: OMP300 (ingestão de omeprazol na dose de 300 µmoL/Kg/dia), OMP200 (200 µmoL/Kg/dia), OMP40 (40 µmoL/Kg/dia), OMP10 (10 µmoL/Kg/dia) e Cont (grupo controle; ingestão do veículo de diluição). A administração das soluções ocorreu durante 90 dias seguidos. Após a eutanásia, foram analisadas a DMO, as propriedades mecânicas dos fêmures dissecados e a dosagem de Ca++ sérico.
RESULTADOS:
A DMO do grupo OMP300 foi menor do que a do Cont (p = 0,006). Não houve diferença na comparação entre os grupos OMP200, OMP40 e OMP10 em relação ao Cont. A força máxima e rigidez do fêmur não foram diferentes nos grupos experimentais quando comparados ao Cont. O grupo OMP300 teve concentrações séricas de Ca++ estatisticamente menores do que o grupo Cont (p = 0,049) sem diferença entre os demais grupos em relação ao Cont.
CONCLUSÃO:
A ingestão diária de 300 µmoL/Kg/dia de omeprazol diminuiu a DMO do fêmur, porém sem alterações na rigidez e na força do fêmur de ratos adultos.
Osso; Densidade óssea; Omeprazol; Ratos