Objetivos:
Avaliar a concordância entre especialistas em cirurgia de joelho com relação à classificação e à técnica cirúrgica indicada nas fraturas do platô tibial com o uso das radio-grafias convencionais e da tomografia computadorizada.
Métodos:
Foram selecionados 44 pacientes com fraturas de platô tibial com suas imagens radiográficas e tomográficas, as quais foram avaliadas por especialistas em dois momen-tos distintos, com intervalo de sete dias. No primeiro momento os especialistas tiveram acesso apenas às radiografias e no segundo às radiografias e às imagens de tomografia computadorizada. A concordância foi avaliada por meio do coeficiente kappa.
Resultados:
A confiabilidade interobservador para a classificação de Schatzker no primeiro momento foi 0,36 e no segundo 0,35, consideradas de baixa reprodutibilidade. Na avaliação da reprodutibilidade intraobservador dessa classificação, a média do índice κfoi de 0,42, classificada como moderada. A avaliação da escolha do acesso cirúrgico teve uma confiabilidade interobservador de 0,55 num primeiro momento e 0,50 no segundo, consideradas de reprodutibilidade moderada. Quando avaliado o implante escolhido, a confiabilidade interobservador foi de 0,01 no primeiro momento e −0,06 no segundo, consideradas ruim e discordante. Na avaliação da classificação das três colunas, a reprodutibilidade interobservador foi de 0,47 (p< 0,0001), classificada como concordância moderada.
Conclusão:
O uso da tomografia computadorizada não apresentou melhoria na concordância interobservador na classificação de Schatzker, bem como não promoveu mudança no planejamento pré-operatório.
Fraturas da tíbia/classificação; Fraturas da tíbia/radiografia; Tomografia computadorizada; Procedimentos cirúrgicos operatórios