Resumo
Objetivo Avaliar os resultados radiográficos e comparar a lordose pós-operatória em técnica de artrodese intersomática lombar transforaminal (TLIF, na sigla em inglês), considerando como variável o posicionamento do dispositivo intersomático (cage) em relação ao espaço discal.
Métodos Análise retrospectiva radiográfica de pacientes cirúrgicos, em nível único, por doença lombar degenerativa, aplicando-se TLIF e instrumentação pedicular posterior. Os pacientes foram divididos, conforme a posição do cage, em 2 grupos: 1. TLIF-A – cages na posição anterior do espaço discal; e 2. TLIF-P, cages na posição posterior do espaço discal (considerando-se o platô vertebral superior da vértebra inferior incluída na instrumentação, cages que ocuparam a superfície correspondente a 50% anterior da linha média, compuseram o grupo TLIF-A; opostamente, cages em posicionamento posterior compuseram o grupo TLIF-P). Procedeu-se à avaliação dos exames radiográficos ortostáticos em perfil no pré- e pós-operatórios, com a tomada das seguintes medidas: lordose lombar (LL) (ângulo L1–S1); lordose segmentar (LS) (L4–S1) e lordose segmentar do cage (LSC).
Resultados Cem pacientes foram incluídos de 2011 a 2018, sendo 44 homens e 46 mulheres, com idade média de 50.5 anos (27–76 anos). Um total de 43 cages foram classificados como “anteriores” (TLIF-A) e 57, “posteriores” (TLIF-P); considerando o grupo TLIF- A, os resultados pós-operatórios médios foram: LL 50.7°, LS 34.9° e LSC 21.6°; para o grupo TLIF-P, comparativamente: LL 42.3° (p< 0,01), LS 30.7° (p< 0,05) e LSC 18.8° (p> 0,05).
Conclusão O posicionamento anterior do cage em relação ao espaço discal correlaciona-se a melhora da lordose lombar e segmentar na radiografia em comparação com o posicionamento posterior do implante.
Palavras-chave espondilolistese; lordose; fusão vertebral; região lombossacral