Objetivo:
Avaliar a reprodutibilidade, interobservadores, da classificação de Tronzo para fraturas transtrocantéricas com o uso do coeficiente de concordância kappa (κ).
Métodos:
Foram usadas 20 imagens de radiografias do quadril na incidência anteroposterior com fraturas transtrocantéricas do fêmur, classificadas, segundo Tronzo, por 12 observado-res. As imagens foram apresentadas em sequência e foi preenchido um questionário com todas as opções da classificação de Tronzo, além da classificação simplificada, com a divi-são de Tronzo em dois grupos (estáveis e instáveis). Os dados foram analisados por meio do teste de concordância de kappa.
Resultados:
Foram encontrados os seguintes índices de kappa: para imagens com fraturas estáveis (Tronzo 1 e 2), 0,11; para imagens com fraturas instáveis (Tronzo 3, 3 variante, 4 e 5), 0,52; e para a classificação completa, 0,44 (concordância moderada). Por sua vez, a classificação simplificada não aumentou os índices de concordância.
Conclusão:
A classificação de Tronzo não é adequada para a prática clínica. Sugerimos o uso ou a criação de outro sistema para esse tipo de fratura.
Fraturas do fêmur/classificação; Fraturas do fêmur/radiografias; Reprodutibilidade dos testes