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Existe alguma associação entre gravidade de degeneração discal e dor lombar?* * Trabalho desenvolvido no Ambulatório de Coluna do Hospital Geral de Carapicuíba, Carapicuíba, SP, Brasil.

Resumo

Objetivo

Avaliar a possibilidade de maiores graus de degeneração discal levarem a maiores dor e disfunção.

Métodos

Exames de imagem por ressonância magnética (IRM) de 85 pacientes com lombalgia idiopática por mais de 12 semanas foram avaliados, sendo quantificado o grau de degeneração discal de acordo com a escala de Pfirrmann. O grau de Pfirrmann em cada espaço discal de L1-L2 a L5-S1, o grau máximo de Pfirrmann (Pfirrmann-max) entre os discos lombares, e a soma dos graus de Pfirrmann (Pfirrmann-soma) foram correlacionados (por meio do teste de Spearman) com o Índice de Incapacidade de Oswestry (IIO) e a escala visual analógica (EVA) de dor.

Resultados

No total, 87% dos pacientes tinha degeneração discal moderada ou acentuada medida pelo Pfirrmann-max, sendo L4-L5 e L5-S1 os discos mais degenerados. Houve uma correlação de fraca a moderada entre o Pfirrmann-max (r ¼ 0,330; p¼ 0.002) e a Pfirrmann-soma (r ¼ 0,266; p¼ 0,037) e o IIO, e entre o grau de Pfirrmann em L1-L2 e o IIO e a EVA.

Conclusão

A degeneração discal lombar moderada ou acentuada é frequente em indivíduos com lombalgia crônica idiopática, e tem um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. Pequenos graus de degeneração discal em L1-L2 podem determinar maior grau de dor e maior incapacidade funcional.

Palavras-chave
coluna vertebral; qualidade de vida; imagem por ressonância magnética; lombalgia; disco intervertebral

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