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Artroplastia primária de joelho infectada: fatores de risco para falha na terapia cirúrgica

OBJETIVO:

Apresentar dados epidemiológicos e os fatores de risco associados ao desfecho cirúrgico favorável ou desfavorável para o tratamento da infecção na artroplastia total de joelho infectada.

MÉTODOS:

Foram revisados 48 prontuários de pacientes submetidos ao tratamento da artroplastia total primária de joelho por infecção entre janeiro de 1994 e dezembro de 2008 no Serviço de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Foram analisadas as variáveis associadas ao desfecho do tratamento cirúrgico favorável (desbridamento e retenção da artroplastia ou troca em dois tempos) ou desfavorável (artrodeses ou óbito) da infecção.

RESULTADOS:

Em 39 casos de infecção pós-artroplastia total primária no joelho, 22 evoluíram para desfecho favorável e 17 para desfecho desfavorável. Infecções precoces (RC: 14,0, IC95% 1,5-133,2, p = 0,016) e diabetes (RC: 11,3, IC95% 1,4-89,3, p = 0,032) foram associadas a artrodese da articulação e ao óbito, respectivamente.

CONCLUSÃO:

Pacientes com infecção precoce apresentaram maior risco de evoluir para procedimento cirúrgico com desfecho não favorável (artrodese) e os diabéticos apresentaram maior chance de óbito após infecção de artroplastias primárias no joelho.

Artroplastia do joelho Humanos; Infecções bacterianas/diagnóstico Infecções bacterianas/terapia


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