RESUMO
OBJETIVO:
O ganho da flexão do cotovelo em pacientes com lesão no plexo braquial é de suma importância. A cirurgia de transferência de fascículo do nervo ulnar para ramo motor do nervo musculocutâneo (cirurgia de Oberlin) é uma opção de tratamento. Contudo, o ganho da flexão do cotovelo, em alguns pacientes, vem associado à flexão do punho e dos dedos. O objetivo deste trabalho é avaliar a frequência dessa associação e o comprometimento funcional do membro.
MÉTODOS:
Estudo tipo caso-controle de 18 pacientes submetidos à cirurgia de Oberlin. No Grupo 1 foram incluídos os pacientes que não apresentavam dissociação do ganho da flexão do cotovelo com a dos dedos e do punho; no Grupo 2, os pacientes em que havia dissociação. Os testes de Sollerman e Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (Dash) foram usados na avaliação funcional.
RESULTADOS:
Observou-se que 38,89% dos pacientes não dissociavam flexão de cotovelo de flexão de punho e dos dedos. Apesar de existir uma diferença favorável ao grupo que dissociava o movimento quando aplicado o protocolo de Sollerman na comparação entre os pacientes dos dois grupos, essa não se mostrou estatisticamente significante. Já no teste Dash, observou-se diferença estatisticamente significante, favorável ao grupo de pacientes que consegue dissociar o movimento.
CONCLUSÃO:
A associação da flexão do cotovelo com a flexão de punho e dos dedos no grupo estudado mostrou ser um evento frequente, teve influência no resultado funcional do membro acometido.
Palavras-chave:
Plexo braquial/lesões; Plexo braquial/cirurgia; Neuropatias do plexo braquial/etiologia; Neuropatias do plexo braquial/cirurgia; Transferência de nervo; Reabilitação