OBJETIVO: Neste trabalho, procuramos avaliar se existe relação entre o grau de deslizamento da epifisiólise femoral proximal (EFP) e a presença de impacto femoroacetabular (IFA). Ainda, analisou-se o arco de movimento do quadril (ADM) em relação ao IFA, além de revisar a literatura sobre o assunto. MÉTODO: Foram analisados 19 casos de EFP em 15 pacientes tratados cirurgicamente com epifisiodese in situ com um parafuso canulado, com seguimento médio de 27 meses. Realizou-se a análise do grau de deslizamento da EFP pelos ângulos epimetafisário (âEM) e coloepifisário (âCE) da radiografia em perfil, dos sinais de impacto radiográficos na incidência anteroposterior, dos sintomas clínicos e do ADM do quadril. RESULTADOS: Evidenciou-se que o grau de deslizamento da EFP (através do âEM) apresenta relação inversa estatisticamente significante com a presença de IFA no período médio de seguimento deste estudo. Ou seja, os pacientes que demonstraram um quadro sintomático de IFA apresentaram graus menores de deslizamento. Isso pode ser explicado pelo fato que o tipo de impacto que ocorre na EFP (came de inclusão ou de impacção) depende do grau de deslizamento, e estes se apresentam de forma e cronologia diferentes. O ADM do quadril não apresentou relação com o IFA. CONCLUSÃO: Há relação entre o grau de deslizamento e a presença de IFA clínicoradiológica após EFP.
Epífise Deslocada; Epífise Deslocada; Epífise Deslocada; Epífise Deslocada; Articulação do Quadril