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Análise das características dos pacientes com fratura exposta de tíbia grau III de Gustilo e Anderson Trabalho desenvolvido no Complexo Hospitalar do Mandaqui, São Paulo, SP, Brasil.

OBJETIVO:

Analisar as características dos indivíduos com fratura exposta de tíbia tipo III de Gustillo e Anderson, tratados em um hospital de nível terciário em São Paulo, entre janeiro de 2013 e agosto de 2014.

MÉTODOS:

Estudo transversal retrospectivo. Foram coletados dos prontuários eletrônicos: idade, gênero, diagnóstico, mecanismo de trauma, comorbidades, fraturas associadas, classificações de acordo com Gustillo e Anderson, Tscherne e AO, tratamento (inicial e definitivo), presença de síndrome compartimental, amputações primárias e secundárias, índice de MESS, índices de mortalidade e infeção.

RESULTADOS:

Foram incluídos 116 pacientes, 81% com fratura tipo IIIA, 12% IIIB e 7% IIIC, 85% do gênero masculino, média de 32,3 anos e 57% vítimas de acidente de motocicleta. A fratura da diáfise da tíbia foi significativamente mais prevalente (67%). Oito pacientes foram submetidos à amputação, uma primária e sete secundárias. Houve predomínio dos tipos IIIC (75%) e IIIB (25%) entre os pacientes com amputação secundária. O índice de MESS obteve pontuação maior do que 7 em 88% dos amputados e em 5% dos pacientes com o membro salvo.

CONCLUSÃO:

O perfil dos pacientes com fratura exposta de tíbia de tíbia tipo III de Gustilo e Anderson envolveu principalmente indivíduos jovens do gênero masculino, vítimas de acidentes de motocicleta. A diáfise da tíbia foi o segmento mais acometido. Apenas 7% dos pacientes foram submetidos à amputação. Diante da controvérsia existente na literatura sobre a amputação ou o salvamento do membro inferior gravemente lesionado, tornam-se necessários mais estudos prospectivos para apoiar a escolha clínica.

Fraturas da tíbia; Amputação/epidemiologia; Amputação/métodos


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