Nos últimos quinze anos, foram feitas tentativas para identificar prospectivamente indivíduos na fase prodrômica de esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. A abordagem de risco ultra alto, baseada na combinação de fatores conhecidos de risco de traço e estado, tem sido a principal estratégia utilizada. A validação dos critérios de risco ultra alto levou em conta a pesquisa preditiva nessa população, em uma tentativa de identificar fatores de risco clínicos, neurocognitivos e neurobiológicos para o início de psicose. Também levou a uma série de estudos de intervenção nessa população, que incluíram o uso de medicação antipsicótica em baixa dose, terapia cognitiva e ácidos graxos ômega-3. Ainda que existam evidências razoáveis sobre a eficácia de estratégias de intervenção específicas nessa população, o tipo mais efetivo e sua duração ainda têm que ser determinados. Uma controvérsia atual no campo refere-se à inclusão de uma adaptação dos critérios de risco ultra alto (a síndrome de psicose atenuada) na próxima versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Quinta Edição).
Diagnóstico; Transtornos psicóticos; Esquizofrenia; Pesquisa biomédica; Terapia cognitiva