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Efeitos da fluoxetina e imipramina em fetos de ratas tratadas durante o período crítico da gestação: estudo macro e microscópico

OBJETIVO: Avaliar as possíveis alterações ocorridas em nível macroscópico e microscópico de fetos de ratas submetidas ao tratamento com fluoxetina e imipramina durante o período "crítico" da gestação. MÉTODO: Quinze ratas, posteriormente ao acasalamento, foram divididas em três grupos experimentais (n = 5): G1, tratadas com 10mg/kg/dia de fluoxetina; G2, tratadas com 10mg/kg/dia de cloridrato de imipramina, e G3 (controle), tratadas com 10mg/kg/dia de solução fisiológica a 0,9%, no 9º, 10º e 11º dias de prenhez das ratas. Posteriormente à cesária, no 21º dia de prenhez, analisou-se macroscopicamente o peso fetal e placentário. Os fetos foram fixados e houve a remoção do encéfalo para pesagem e preparação das lâminas do tecido neuronal para contagem de neurônios do lobo frontal. RESULTADOS: O G1 e G2 apresentaram maior peso fetal. O G1 apresentou maior peso placentário, diferindo do G2 e G3 (p < 0,01). De forma diferente, o G2 possuiu maior peso encefálico, diferindo do G3 e G1 (p < 0,01). G1 não diferiu estatisticamente do grupo controle (p > 0,01). O G3 exibiu maior número de neurônios, por área, do lobo frontal em relação a G1 e G2 (p < 0,01). CONCLUSÃO: A adoção dos antidepressivos causou, nos fetos, aumento de peso e redução da contagem de neurônios do lobo frontal, sugerindo que a indicação de antidepressivos às gestantes pode induzir a depressão nos fetos por alterações em seu neurodesenvolvimento.

Antidepressivos; Fluoxetina; Imipramina; Gestação; Teratogênios


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