OBJETIVO: Estimar a prevalência de depressão, bem como fatores clínicos e características demográficas associados em grávidas assistidas por meio do sistema público de saúde da cidade de Pelotas, RS, Brasil. MÉTODO: Foi realizado um estudo transversal tendo como população-alvo as grávidas assistidas pelo sistema público de saúde. Para o rastreio da depressão foi utilizada a Edinburgh Postnatal Depression Scale. RESULTADOS: Em uma amostra de 1.264 mulheres grávidas com idade de 12 a 46 anos, 21,1% (n = 255) apresentaram episodio depressivo durante a gravidez. A presença de depressão foi associada com ter mais idade, menor grau educacional, não morar com companheiro, não ser primigesta, ter planejado a gestação, idealizar o aborto, ter feito tratamento psicológico ou psiquiátrico, consumir tabaco e/ou álcool durante a gravidez e ter sofrido algum evento estressor. CONCLUSÃO: As mulheres grávidas acompanhadas pelo sistema público de saúde apresentaram alta prevalência de depressão. História psiquiátrica, baixo suporte e eventos estressores aumentam a probabilidade de depressão no período pré-parto.
Depressão; Gravidez; Sistema de saúde; Probabilidade; Saúde pública