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O uso de nicotina em pacientes com esquizofrenia avaliado pelo Questionário de Tolerância de Fagerström: uma análise descritiva em uma amostra brasileira

OBJETIVO: Este é um estudo descritivo para determinar os índices de prevalência de tabagismo em uma amostra de conveniência de pacientes com esquizofrenia e para descrever variáveis clínicas/demográficas para o uso de nicotina nesta população. MÉTODO: Pacientes com esquizofrenia foram convidados de forma consecutiva a responder a um questionário clínico/demográfico padrão e a um questionário sobre tabagismo (Questionário de Tolerância de Fagerstrom). RESULTADOS: Oitenta e três pacientes foram entrevistados. O índice de tabagismo foi de 57,8% (n = 48). Pacientes masculinos (68,8%) fumaram mais do que os femininos (31,3%; p = 0,081). Em comparação com pacientes que fumavam no momento do início da doença, aqueles que somente começaram a fumar após o início da doença tiveram uma idade média de começo da doença menor [24 anos de idade (DP = ± 6,8) vs.19 anos de idade (DP = ± 3,9; p = 0,041)]. Pacientes que preferiam cigarros com alto conteúdo de nicotina (p < 0,01) tinham freqüência mais alta de inalação de tabaco (p < 0,05) e tinham maior urgência pelo primeiro cigarro da manhã (p < 0,05). Vinte e sete (56,3%) dos pacientes fumantes eram fumadores pesados (FTQ > 8). CONCLUSÕES: Os pacientes com esquizofrenia em nossa amostra de conveniência tiveram índices mais elevados de tabagismo em comparação com a população geral do Brasil. Pacientes fumadores eram fumadores pesados segundo a avaliação do Questionário de Tolerância de Fagerstrom.

Nicotina; Tabagismo; Esquizofrenia; Análise estatística; Apresentação de dados


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