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Validação da versão brasileira em português do Inventário de Depressão de Beck-II numa amostra da comunidade

OBJETIVOS: O Inventário de Depressão de Beck (IDB) é utilizado mundialmente para detectar sintomas depressivos. Este questionário foi revisado (1996) para se adequar aos critérios do DSM-IV para episódio depressivo maior. Avaliamos a confiabilidade e validade da versão I em português-brasileiro do IDB-I em uma amostra não clínica de adultos. MÉTODOS: O questionário foi aplicado em duas ocasiões para 60 estudantes universitários. Em seguida, 182 adultos residentes na comunidade preencheram IDB-II, Questionário de Auto-Resposta e escala K10. Psiquiatras treinados entrevistaram pessoalmente os respondentes através da Entrevista Clínica Estruturada (SCID-I), a escala de depressão de Montgomery-Åsberg e de ansiedade de Hamilton. Análise descritiva, detecção de sinal (Receiver Operating Characteristics), correlação e função discriminante foram realizadas para investigar as propriedades psicométricas do IBD-II. RESULTADOS: O coeficiente de correlação intraclasse do IDB-II foi de 0,89 e o coeficiente alfa de consistência interna foi de 0,93. Adotando a SCID como padrão-ouro, o ponto de corte de 10/11 foi o melhor limiar para detectar depressão, alcançando sensibilidade de 70% e especificidade de 87%. A validade concorrente (correlação de 0,63-0,93 com escalas aplicadas simultaneamente) e a capacidade preditiva de gravidade (mais de 65% de classificação correta de indivíduos deprimidos) foram aceitáveis. CONCLUSÃO: O IDB-II é fidedigno e válido para mensurar sintomatologia depressiva na população brasileira não clínica falante do português.

Depressão; Escala de depressão; validade; Inventário de Depressão de Beck; Brasil


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