Os transtornos relacionados ao consumo de álcool freqüentemente coexistem com outras doenças psiquiátricas e sua incidência parece estar aumentando nas últimas décadas. Estudos demonstram que pacientes com comorbidade, principalmente aqueles com transtornos psiquiátricos graves, apresentam maiores taxas de suicídio, recaídas, gastos com tratamento, falta de moradia e utilizam mais os serviços médicos. A avaliação deve ser minuciosa, pois o diagnóstico diferencial torna-se complicado sem um longo período de abstinência do álcool. Esses pacientes costumam ter um prognóstico pior, além de serem de difícil tratamento. A maioria dos estudos nesse campo tem indicado que integração de técnicas psicossociais e farmacológicas é mais efetiva. O tratamento de longo prazo deve focar-se na minimização dos sintomas, melhora do funcionamento social e familiar, treinamento de habilidades e prevenção de recaída.
Bebidas alcoólicas; Transtornos relacionados ao uso do álcool; Comorbidade