OBJETIVO: Verificar se os médicos em geral estão investigando a depressão em idosos. MÉTODOS: Delineamento transversal, de base populacional, incluindo indivíduos com 60 anos ou mais, residentes na zona urbana da cidade de Pelotas (RS). A amostragem foi realizada em múltiplos estágios, tomando como referência os setores censitários do IBGE. RESULTADOS: Foram entrevistados 583 sujeitos (perdas e recusas: 4,7%). Observou-se que 76,6% dos idosos afirmaram que na última consulta o médico não perguntou se eles sentiam-se tristes ou deprimidos. A investigação de depressão foi significativamente maior em indivíduos do sexo feminino e que apresentaram maior média de sintomas depressivos. Entre as mulheres, a prevalência de investigação na última consulta médica foi de 28,7%,enquanto entre os homens o percentual foi de 14,8% (RP=1,93; p<0,001). CONCLUSÃO: Depressão nos idosos é pouco investigada em ambientes clínicos. Sugere-se que os médicos sejam alertados e recebam treinamento adequado no monitoramento de depressão neste grupo etário.
Epidemiologia; Depressão; Idoso; Estudos transversais; Países em desenvolvimento; Saúde Mental