OBJETIVO: Vários achados clínicos sugerem que a cetamina apresenta efeito antidepressivo. O presente estudo tem como objetivo comparar efeitos comportamentais e a atividade da creatina quinase em regiões específicas do encéfalo após a administração de cetamina e imipramina em ratos. MÉTODO: Ratos Wistar receberam uma administração aguda de cetamina ou imipramina e a atividade antidepressiva foi avaliada pelo teste de nado forçado; a atividade da creatina quinase foi medida em diferentes regiões encefálicas. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a cetamina (10 e 15mg/kg) e a imipramina (20 e 30mg/kg) diminuíram o tempo de imobilidade quando comparados ao grupo salina. Também foi observado que a cetamina (10 e 15mg/kg) e a imipramina (20 e 30mg/kg) aumentaram a atividade da creatina quinase no estriado e córtex cerebral. A dose mais alta de cetamina (15mg/kg) e a imipramina (20 e 30mg/kg) aumentaram a atividade da creatina quinase no cerebelo e córtex pré-frontal. Por outro lado, o hipocampo não foi alterado. CONCLUSÃO: Considerando que a diminuição no metabolismo provavelmente está envolvida na fisiopatologia da depressão, a modulação do metabolismo energético (como um aumento na atividade da creatina quinase) por antidepressivos pode ser um importante mecanismo de ação destes fármacos.
Imipramina; Creatina quinase; Depressão; Encéfalo; Ratos