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Transtornos mentais comuns em adolescentes: estudo transversal de base populacional

OBJETIVO: Avaliar a prevalência e os fatores associados à presença de transtornos mentais comuns entre adolescentes em Pelotas, uma cidade do sul do Brasil. MÉTODO: Foi realizado um estudo transversal populacional na área urbana de Pelotas. Foi utilizada uma amostragem multi-etapas para obter uma amostra de adolescentes com idades entre 15 e 18 anos. Os adolescentes foram entrevistados utilizando um questionário confidencial auto-aplicável. A presença de transtornos mentais comuns foi avaliada utilizando o Self-Reporting Questionnaire 20 (SRQ-20). Foi realizada análise multivariada por meio de regressão Poisson com ajuste robusto da variância e correção para efeitos de desenho. RESULTADOS: Novecentos e sessenta adolescentes foram entrevistados. A prevalência de transtornos mentais comuns foi de 28,8%. Os adolescentes com 17 anos mostraram prevalência de 1,37 (IC 95% 1,06-1,78) vezes mais alta do que os que tinham 15 anos. Os adolescentes cujas mães tinham entre cinco e oito anos de escolaridade tinham uma prevalência 1,42 (IC 95% 1,01-1,51) vezes mais alta do que aqueles cujas mães tinham mais de oito anos de escolaridade. Tabagismo e comportamento sedentário também foram associados à maior prevalência de transtornos mentais comuns. Aqueles que estavam insatisfeitos com sua imagem corporal tiveram uma prevalência de 1,47 (IC 95% 1,07-2,02). CONCLUSÕES: Escolaridade materna, tabagismo, comportamento sedentário e insatisfação com a imagem corporal foram fatores associados à presença de transtornos mentais comuns.

Transtornos mentais; Estresse psicológico; Adolescente; Prevalência; Adaptação psicológica


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