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Consultoria psiquiátrica em hospital geral: inviável ou promissora?

Consultation-Liaision psychiatry: impracticable or promising?

Objetivo: Avaliar alguns fatores que influenciam a prática de interconsulta (IC). Métodos: Todos os 64 psiquiatras formados nos programas de residência médica da PUC/RS (1977-1995) e 52 formados na Unicamp (1986-1995) foram selecionados para participar de uma entrevista por telefone sobre os seguintes itens: dados sociodemográficos, principais atividades profissionais, características do trabalho em IC (tipo de serviço, carga horária, características do atendimento, qualificação profissional, motivações e dificuldades). Resultados: Obtiveram-se 106 (91%) entrevistas, sendo 51% dos entrevistados de sexo masculino. Um terço teve experiência com IC apenas durante a residência, 37% trabalham atualmente nessa área e 30% já trabalharam em IC após a residência, mas haviam deixado de fazê-lo. Dentre os que trabalham atualmente em IC, há predomínio do sexo masculino (qui-quadrado=6,65; p=0,03), tanto na população formada na PUC/RS (65%), quanto na Unicamp (63%). Apenas 6% apontam falta de treinamento adequado entre as razões que pesaram na desistência de trabalhar em IC. As principais dificuldades referiram-se à escassez e à imprevisibilidade do tempo despendido, à baixa remuneração e à pouca valorização de parte dos colegas médicos. Conclusões: Considerável proporção dos psiquiatras entrevistados continua trabalhando em IC (37%). Apesar de considerarem adequado o treinamento recebido durante a residência, apontaram as principais dificuldades encontradas nessa tarefa: tempo, dinheiro e valorização do trabalho realizado.

Interconsulta; Consultoria psiquiátrica; Hospital Geral


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