Esse artigo revisa a constelação familiar dos pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), a presença de sintomas obsessivo-compulsivo entre os familiares e aspectos familiares como relacionamento parental, expressividade emocional e acomodação familiar. Algumas evidências sugerem que a hostilidade, o envolvimento emocional excessivo e criticismo observados pelo paciente têm um impacto negativo no seguimento do tratamento comportamental. No entanto, o criticismo, observado nos pais durante a entrevista, têm sido relacionado com melhor eficácia do tratamento comportamental. A acomodação dos familiares frente aos sintomas prediz um funcionamento familiar mais pobre, assim como maior gravidade do TOC depois do tratamento comportamental. Embora existam artigos sugerindo a utilidade de intervenções psico-educacionais e tratamentos de apoio, não existem trabalhos que tenham verificado a eficácia desses procedimentos. Incluir os familiares no programa de tratamento tem sido benéfico segundo alguns trabalhos, embora não confirmado em outros.Os grupos com várias famílias, dirigidos à programação da intervenção comportamental, podem ser uma intervenção promissora. Buscar a diminuição da acomodação familiar frente aos sintomas, dentro de um contexto de intervenção comportamental, têm também se mostrado útil. Pesquisas adicionais dirigidas às intervenções familiares no TOC são necessárias.
TOC; Emoções manifestas; Behavior therapy; Intervenção familiar; Exposição e resposta à prevenção