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Depressão na doença de Parkinson: análise clínico-epidemiológica e comparação com um grupo de pacientes geriátricos não parkinsonianos

RESUMO OBJETIVO: Avaliar e comparar a freqüência e intensidade de depressão em um grupo com doença de Parkinson e um grupo sem doença de Parkinson, sem doença neurológica, reumatológica e/ou oncológica acompanhados na Universidade Federal de São Paulo. MÉTODO: Avaliaram-se 50 indivíduos com doença de Parkinson (grupo Parkinson) e 50 indivíduos sem doença de Parkinson (grupo controle) acima de 60 anos. Excluíram-se indivíduos que demonstravam alterações cognitivas pelo Mini Exame Estado Mental. Todos foram submetidos à entrevista estruturada para depressão maior do Diagnostic Statistical Manual of Mental Diseases-IV, Escala de Depressão de Hamilton e Inventário de Depressão de Beck. O grupo Parkinson foi submetido à avaliação física por Unified Parkinson Disease Rating Scale 3 e Hoehn-Yahr. RESULTADOS: 42% do grupo Parkinson e 10% do grupo controle (p < 0,001) apresentaram depressão maior, segundo os critérios do Diagnostic Statistical Manual of Mental Diseases-IV. As médias de pontuação da Escala de Depressão de Hamilton e do Inventário de Depressão de Beck foram maiores no grupo Parkinson (p < 0,001). Em tempo de doença (p = 0,020), as médias dos escores de Hoehn-Yahr (p = 0,027) e Unified Parkinson Disease Rating Scale 3 (p = 0,029) foram maiores nos parkinsonianos com depressão. CONCLUSÕES: A freqüência (42%) e a intensidade de depressão maior foram maiores no grupo Parkinson. A depressão maior também esteve significativamente relacionada à pior função motora dos parkinsonianos.

Doença de Parkinson; Depressão; Prevalência; Seleção de pacientes; Geriatria


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