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Trauma e contratransferência: desenvolvimento e validação da Assessment of Countertransference Scale (ACS)

OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo foi investigar a validade de construto da Assessment of Countertransference Scale (ACS) no atendimento a vítimas de trauma, pela identificação de construtos latentes subjacentes dos itens medidos e sua homogeneidade. MÉTODOS: A ACS avalia 23 sentimentos de CT em três fatores: proximidade, rejeição e indiferença. A ACS foi aplicada a 50 residentes de psiquiatria após a primeira consulta com 131 vítimas de trauma selecionadas consecutivamente durante 4 anos. A ACS foi analisada por análise fatorial exploratória (AFE) e confirmatória (AFC), consistência interna e validade convergente-discriminante. RESULTADOS: Apesar do fato dos itens de proximidade terem obtido os escores mais altos, a AFE demonstrou que o fator de rejeição (24% da variância, α = 0,88) apresentou uma intercorrelação mais consistente dos itens, seguido pela proximidade (15% da variância, α = 0,82) e um fator distinto, tristeza (9% da variância, α = 0,72). Foi proposta, portanto, uma versão modificada. Na comparação entre a versão original e a proposta, a AFC detectou índices de adequação melhores para a versão proposta (GFI = 0,797, TLI = 0,867, CFI = 0,885 vs . GFI = 0,824, TLI = 0,904, CFI = 0,918). CONCLUSÕES: A ACS é um instrumento promissor para a avaliação de sentimentos de CT, tornando seu uso válido para a avaliação durante o cuidado de vítimas de trauma.

contratransferência; vítimas de trauma; validade; análise fatorial


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