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Influências socioeconómicas no padrão de consumo de álcool entre estudantes de escolas privadas em São Paulo

OBJETIVOS: Descrever o consumo de álcool por nível socioeconômico e gênero entre estudantes de ensino médio da rede privada na cidade de São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra representativa da rede privada de ensino de São Paulo. Foi aplicado em sala de aula um questionário anônimo de autopreenchimento. 2.613 estudantes foram selecionados por método de estratificação e de conglomerados. Para verificar associação entre os padrões de consumo de álcool por gênero e nível socioeconômico, foi utilizado teste do qui-quadrado, teste t e ANOVA; para binge drinking, foi desenvolvido um modelo de regressão logística ordenada. RESULTADOS: O uso na vida de álcool foi referido por 88% dos estudantes, 31,6% já havia associado com energéticos. Metade dos estudantes (51,3%) declarou uso no mês, com predomínio de cerveja (35,2%), ice (32%) e vodka (31,7%); 33,2% referiu binge drinking no mês (5 doses por ocasião). A maioria dos parâmetros avaliados apresentou maiores índices de consumo entre os estudantes do gênero masculino e classes sociais mais favorecidas. O modelo de regressão apresentou crescente razão de chance de binge com o avanço do nível socioeconômico. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que aspectos socioeconômicos sejam diferenciais para o consumo de álcool entre estudantes paulistanos, com comportamentos de uso, como binge, mais prevalentes em classes mais favorecidas.

bebidas alcoólicas; estudantes; beber pesado episódico; gênero; classe socioeconómica; adolescentes


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