Os quadros de somatização são muito freqüentes nos serviços de saúde, sendo responsáveis por grande número de consultas médicas e gerando importantes gastos. Apesar das dimensões dessa questão, temos notícias de poucos locais em nosso meio desenvolvidos para cuidar especificamente dessa população. No artigo são apresentados dois relatos concisos de casos de pacientes somatizadores mostrando características freqüentes e questões que surgem no seu tratamento. Descreve-se o funcionamento de um programa de atendimento a somatizadores vinculado a uma universidade pública (Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina). Este dispõe de triagem, atendimentos clínicos, grupos psicossociais e psicoterápicos. É discutida a complexidade da abordagem a esse grupo de pacientes e possíveis modelos de intervenção.
Somatização; Transtornos somatoformes; Tratamento; Serviços de saúde mental