A fobia social é o medo acentuado e persistente de comer, beber, tremer, enrubescer, falar, escrever, enfim, de agir de forma ridícula ou inadequada na presença de outras pessoas. A fobia social apresenta-se em dois tipos básicos: a circunscrita, restrita a apenas um tipo de situação social, e a generalizada, caracterizada pelo temor a todas ou quase todas situações sociais. As características clínicas da fobia social são a ansiedade antecipatória, os sintomas físicos, a esquiva e a baixa auto-estima. Conforme o rigor diagnóstico, estima-se que 5% a 13% da população geral apresentem sintomas fóbicos sociais que resultem em diferentes graus de incapacitação e limitações sociais e ocupacionais. O tratamento médico de escolha é o uso de medicamentos associados à psicoterapia cognitivo-comportamental. Beta-bloqueadores (atenolol, propranolol), antidepressivos inibidores da monoamino oxidase (IMAO) (fenelzine, tanilcipromina), inibidores reversíveis da monoamino oxidase tipo-A (RIMA) (moclobemida, brofaromina), benzodiazepínicos (clonazepam, bromazepam, alprazolam) e antidepressivos inibidores seletivos de serotonina (ISRS) (paroxetina, sertralina, fluoxetina e fluvoxamina) e alguns outros (venlafaxina, nefazodone, gabapentina, clonidina) têm demonstrado eficácia em inúmeros estudos com diferentes metodologias. Os antidepressivos tricíclicos (imipramina, clomipramina), o ácido valproico e a buspirona têm apresentado resultados negativos. A paroxetina é o medicamento mais estudado com metodologia duplo-cega, com melhores resultados e com boa tolerância. Atualmente, os indivíduos que têm sua vida prejudicada pela fobia social podem, com o tratamento eficaz, adquirir uma postura mais segura em situações sociais.
Fobia social; transtorno de ansiedade social; tratamento farmacológico; revisão